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Saúde Mental da Criança e do Adolescente

Já estamos completando 06 meses de isolamento. Em março, crianças e adolescentes saíram de suas escolas, do convívio com colegas, de uma rotina sadia, para não voltar mais, a partir deste momento, ficaram em casa.

Existe por aí uma doença, que pode ser mortal para algumas pessoas, por isso, devemos ter muito cuidado. Este cuidado, porém, trouxe mudanças na vida de todos, principalmente das crianças e adolescentes, nos quais muitas vezes, desconsideramos.


Conviver com insegurança e prazos sendo cada vez mais estendidos gera ansiedade e desgaste emocional, além de fatos concretos como de algum familiar ter sido diagnosticado com a doença e se isolado em um quarto da casa, ou até mesmo precisou ser hospitalizado; podem ter perdido alguém da família sem nem se despedir e assimilar o luto, outros talvez estejam presenciando a preocupação de seus pais ao perderem seus empregos, alguns ainda estão sem contato com amigos e/ou com a família.


A preocupação com a doença COVID é real e necessária, mas não podemos deixar de lado nossa atenção com a saúde mental, com o que está sendo apresentado e demonstrado a partir das emoções e de comportamento das crianças e dos adolescentes.


O ambiente em que eles estão inseridos, o contexto familiar, a casa e as relações, devem ser mantido a mais saudável possível, pois a criança não adoece sozinha, o meio em que ela vive interfere, neste caso, o meio está sendo a casa, a família, as notícias que entram, os diálogos, pessoas com quem está tendo contato.



Já existem pesquisas e estudos que apresentam uma relação com o isolamento social a um sofrimento psicológico.


Crianças e adolescentes, assim como adultos, apresentam sinais de que estão vivendo uma angústia, um sofrimento. Pode -se perceber este sofrimento nas crianças através alguns sintomas como:


Pesadelos e terrores noturnos;


Medo de sair de casa ou medo que seus pais saiam de casa e não voltem;


Sentem-se mais vulneráveis, mais sensíveis;


Mais irritados;


Discutem mais, criam mais conflitos;


Apresentam uma mudança maior de humor, mistura de sentimentos;


Se calam e se trancam nos quartos;


Sentimentos de tristeza, medo, raiva;


Dificuldades em se concentrar, dormir, de se alimentar.


Todas estas situações são normais, mas é necessário estar atento as formas que se apresentam. Quando são muito frequentes, intensas ou prolongadas, interferindo na qualidade de vida da criança e do adolescente, não podem ser ignorada, pois ele(a) está em sofrimento emocional.


A família pode perguntar se tem algo que possa fazer para ajudar, demonstrar para a criança que entende o que ela está sentindo, e que está disponível para passar junto com ela por isso. Muitas vezes esta atenção e apoio já fará diferença.


Psicóloga Daniele Sebold • CRP 12/12800 • Jaraguá do Sul / SC.

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